terça-feira, 12 de agosto de 2008

Esporte e Guerra: a dicotomia

O esporte prima pelo desenvolvimento humano por meio de um sadio confronto entre atletas de diferentes nações. A guerra consiste no confronto armadado de duas ou mais nações, geralmente motivados por interesses políticos. Ambos utilizam pólvora, o primeiro para festejar e o segundo para atacar.
No esporte todos os envolvidos ganham. Já na guerra, alguns perdem mais que os outros, mas, no final, todos sempre perdem.

Na vitória a recompensa é uma medalha e o reconhecimento e na derrota ganha-se uma lição a ser aprendida. No outro extremo não existem reconpensas.

Ambos exploram as fronteiras políticas para despertar os confrontos. Mas o esporte motiva a formação de seres humanos melhores e a guerra simplesmente deixa evidente a ausência de inteligência da raça.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Evolução?

Dados os estragos que estamos fazendo nesse planeta ímpar, acredito ser inevitável começarmos a fazer simbiose entre humanos e máquinas. Céticamente isso pode ser chamado de evolução. O ritmo das mudanças geofísicas do planeta é muito maior que a capacidade de adaptação, dos seres vivos, as novas condições. Acredito que este processo de exploração desenfreada dos recursos naturais desse planeta só será freado quando ocorrer uma tragédia de ordem planetária. Tsunamis que matam 180 mil e tornados que destroem cidades inteiras não são suficientes para mudar a visão de 6 bilhões de seres egoístas, nos quais me incluo. Tem que acontecer algo grande!


Enquanto temos água, comida e oxigênio para a maior parte dos ilustres moradores dessa "bola viva" seguimos nos "desenvolvendo". Alguns acreditam que o desafio atual é colocar um robô dentro de todas as residências desse grande cortiço. Assim como os computadores nos primórdios, os robôs domésticos não implementam grandes funcionalidades, tipicamente são utilizados para interagir com crianças e fazer trabalhos específicos como, por exemplo, aspirar o chão. Contudo, existem previsões que em 2040 teremos processadores com o mesmo poder de processamento de um cérebro humano e em 2050 serão produzidos processadores com a capacidade de todos os 6 bilhões de cérebros que habitam este planeta. Segundo Ray Kurzweil , em 2055 um computador de $ 1.000,00, mangos americanos, terá tanta capacidade de processamento quanto todo os cérebros humanos juntos (Scientific American N. 25 - Seu futuro com robôs). Se isso acontecer, os robôs começaram a ficar mais interessantes.

Obviamente a inteligência está relacionada a combinação da capacidade de processamento, à capacidade de armazenamento e aos algoritmos de aprendizagem de máquina , em complemento, a autonomia está sujeita as fontes de energia. Evolução sim, máquinas podem funcionar em lugares inóspitos com, por exemplo, cidades com a altos indices de poluição, altas temperaturas e até embaixo d'água. Nós somos estúpidos? Eu diria que existe uma severa ausência de inteligência. Temos que reescrever as regras...

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Sempre há regras, contudo podemos reescrevê-las

Ando fazendo uma analogia da Web com a TV aberta nos meus discursos de boteco, obviamente a Internet é um sistema mais interessante, pois permite a iteração entre os usuários, esse blog é uma instância dessa liberdade. O advento da TV Digital muda isso, supostamente disponibilizando um canal de retorno, mas a convergência coloca a TV Digital na Web. Oras, se o sinal é digital pode ser manipulado por computadores, o que inclui a transmissão do sinal pela grande rede. As coisas tendem a melhorar, na pior das hipóteses a qualidade da imagem e som serão melhores e quiçá teremos iteratividade aqui no Brasilzão. O problema é que existem regras petrificadas pelas grandes emissoras.



Na verdade, o título deste post foi motivado pelo texto do Prof. Silvio Meira intitulado "Thomas Edison Psicografado...", pô!? tem muito lixo na Web, mas tem muita coisa boa também (sim, isso contradiz o post anterior propositalmente). Neste texto o professor faz o exercício de responder algumas perguntas de uma jornalista tentando "psicografar" o inventor Thomas Edison (sem utilizar recursos sobrenaturais... rs). Excelente idéia! E as respostas dadas pelo professor são algo no mínimo brilhante. A resposta para a pergunta 9 (nove) é a minha favorita. A jornalista introduz a pergunta citando um caso onde um funcionário, do laboratório do iventor, perguntou quais eram as regras do lab. e ele respondeu "Não há regras aqui. Estamos tentando criar uma coisa nova.". E a jornalista termina perguntando até onde deve haver limite para inovação ou ela não deve ter limite?

A resposta do professor foi a seguinte: "Na verdade, há regras. Sempre há regras. Não se chega a muitos lugares em meio ao mais abjeto caos. O que eu quis dizer é que se alguma regra está no caminho da solução de um problema, da criatividade, reescreva a regra para que seja possível fazer o que tem que ser feito.". Eu queria ter escrito isso! O professor Meira com certeza está bem melhor sintonizado com o universo.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Ler é preciso

É fato que nos dias atuais é possível ler coisas na Web com a mesma qualidade da programação da TV aberta brasileira aos domingos. Isso está estreitamente relacionado às URLs que o seu browser e leitor de feeds estão renderizando. O pior de tudo é que a Web não pára para manutenção dos equipamentos às 03:00 da madrugada. É difícil achar entretenimento pertinente nestes dois meios.



Às vezes sinto a necessidade de ler textos mais rebuscados para melhorar meu vocabulário e para fazer o macaco aqui usar a, subutilizada, ferramenta denominada cérebro. Para tanto fui até a biblioteca procurar algo para consumir ( leia-se ler ). A biblioteca mais próxima só tem livros técnicos e relacionados a matemática e computação. Com objetivo de manter a sanidade eu procurei a prateleira com os livros menos técnicos disponíveis (estilo "ciência para leigos").



Elegi o livro intitulado "O advento do algoritmo" (David Berlinski) como o texto a ser degustado. O slogan é "A idéia que governa o mundo", puxa (pensei) é mesmo Dr. Berlinski? Esse cara já escreveu "A Tour of the Calculus" e afirma que o Cálculo é a idéia que embasa a ciência moderna e, em complemento, disse que o Algoritmo é a idéia de um procedimento efetivo que tornou o mundo moderno possível. Como estava chovendo e eu tinha esquecido o meu guarda-chuva, comecei a ler o livro na biblioteca.



O Cálculo diferencial e integral é um conjunto de ferramentas para resolver alguns problemas da física macroscópica (se é que eu posso afirmar isso). Já os algoritmos são conjuntos finitos de instruções para um propósito bem definido. Inclusive para resolver os problemas relacionadoas a Física. Eu não sei ao certo o quão abstrato o Cálculo é para a Matemática, mas o Cálculo Numérico permite que tal ferramenta seja utilizada em um computador, pois nossos computadores estúpidos AINDA não são capazes de resolver problemas analiticamente com eficiência.

Esta discussão me prendeu a atenção e o autor ainda promete descrever as principais obras de Leibniz, Gödel, Hilbert e Turing. Vou ficar menos tempo no blog do São Paulo Futebol Clube nos próximos dias :-).

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

As soluções simples são as melhores

Esses dias observei que o estoque de papel higiênico da minha residência havia acabado, mas fazia tanto tempo que eu não comprava isso, que nem lembrava em qual sessão do supermercado este utilíssimo produto poderia ser encontrado. Em seguida, me lembrei que a última vez que comprei papel adquiri 04 rolos de 60 metros e, dessa forma, o produto durou muito mais que o normal ,afinal rolos normais têm "apenas" 40 metros (4 x 40 = 160 metros e 4 x 60 = 240 metros! 80 metros a mais!) . Sinceramente eu fiquei muito satisfeito em estender os intervalos de compra de papel higiênico, uma idéia simples e muito eficiente. Contudo, na última vez que fui as compras encontrei rolos de 90 metros! Puxa vida! Comendo fibras e fazendo exercícios físicos diariamente eu vou ficar um ano sem comprar papel! Que maravilha (4 x 90 = 360 metros!). Olhe a diferença entre um rolo de 90 (esquerda) e 0utro de 60 metros (direita) na imagem abaixo.



Não vem ao caso a qualidade do papel que ando consumindo para higienizar as partes baixas e às vezes como guardanapo :-) (obviamente é uma mentira). O fato é que agora estou tentando minimizar meu tempo perdido dentro de supermercados e farmácias. Portanto, passei a comprar produtos em embalagens maiores como pode-se ver na foto abaixo.



Nunca fui fã de supermercado ou qualquer outro estabelecimento que venda coisas seja no varejo ou atacado, cuecas ou aviões. Qualidade de vida incrementada por meio da adoção de soluções simples. Aguardando os rolos de 120 metros...

domingo, 27 de julho de 2008

Frase sobre talento

If you have a talent, use it in every which way possible.
Don't hoard it. Don't dole it out like a miser.
Spend it lavishly like a millionaire intent on going broke.
(Bredan Francis)

Como todo mundo tem pelo menos um talento, vamos mandar ver galera!

sábado, 26 de julho de 2008

Coisas geneticamente modificadas

Esses dias vi uma notícia que dizia que Pequim será enfeitada com 900 mil flores geneticamente modificadas durante as olimpíadas. Tais mudanças foram feitas para que as flores fiquem vivas e floreçam na hora certa durante os dezeseis dias de competição. Muito bom. Os chineses pegaram pesado nesta que será a maior olimpíadas de todos os tempos. Tá bom, mas esse lance de modificar geneticamente as "coisas" é discutível. Se não me engano, no Brasilzão pode-se cultivar plantas geneticamente modificadas e também está autorizada a pesquisa com células-tronco.

Estou lendo um livro intitulado Next (Michael Crichton) do mesmo autor de Jurassic Park, Congo e Sphera (só citei os livros que li, mais aqui). Next descreve várias tramas que fazem uso de recursos da engenharia genética, dessa forma, os desdobramentos são impressionantes. Merecem destaque os seguintes casos:
  • Pesquisador utiliza um paciente como cobaia para desenvolver a cura para o câncer;
  • Cientista mistura o seu próprio DNA com o de um primata e cria um human-chimp, que vive com a sua família e frequênta a uma escola;
  • Papagaio que sabe falar e é capaz de resolver problemas triviais de matemática;
  • Briga judicial entre um casal pela guarda dos filhos, o advogado do marido utiliza o mapeamento do DNA da esposa para provar que ela tem uma doença que se manifestará em um futuro próximo;
  • Estupro forjado de uma menor e o advogado do acusado convence o seu cliente a se declarar culpado e utiliza uma característica genética do seu cliente para tentar inocenta-lo;
  • E, por fim, o caso de um pesquisador que acidentalmente aplica uma droga, que estava sendo testada em ratos, no seu irmão viciado em drogas, o cidadão se livra do vício mas começa envelhecer rapidamente pois a droga afeta o gene da maturidade.
Enfim, o livro é muito bom e o autor teve o cuidado de referênciar artigos reais, o que é interessantíssimo e impactante devido a eminência dos fatos.


Não terminei de ler Next, mas já vi o filme I'm a legend que relata uma estória, relacionada aos efeitos da engenharia genética, que se passa em 2012. Este filme começa com a declaração de uma cientista que afirmava ter encontrado a cura para o câncer, o filme se desdobra com a exponencial disseminação de uma doença viral que deixa os seres humanos "desfigurados" e termina com a morte de um Doutor, que era imune a doença, e conseguiu achar uma cura. Ficção é ficção, mas Crichton apresenta no livro algumas declarações de cientistas que basicamente afirmam a mesma coisa que Fritjof Capra escreveu em O Ponto de Mutação (o vídeo Mindwalk discute as idéias no livro). Capra versa sobre a necessidade de mudarmos a nossa percepção do mundo que segundo ele é a mesma de Descartes. A visão mecanicista de Descartes baseava-se na idéia de que se você conhecer cada peça de uma máquina conhecerá o todo.

PS: Um agradecimento especial ao professor G.A.R. Lima (como gosta de ser chamado) que me apresentou as obras do Capra e que tem significativa influência na escolha da minha carreira. Obrigado Professor.

O desabafo de um pós-graduando sênior

Via instant messenger, estava eu conversando com um amigo sobre o curso de pós-graduação que ele está fazendo na UFMG, de repente ele me fala:

"Nós escolhemos o jeito mais difícil de ser pobre!" (Villas, 2008).

Levando em consideração que o infeliz está preocupado com a prova de qualificação, que acontecerá no início de agosto, a frase dele é pertinente e muito bem colocada.

Por outro lado, pós-graduandos têm algums benefícios que devem ser discutidos antes de tomar a frase do meu amigo como um axioma. Nas últimas semanas descobri porque resolvi continuar estudado. Primeiro, o bandejão da universidade serve comida a preços acessíveis. Segundo, a universidade tem conexão rápida com com a Internet. Terceiro, eu continuo pagando meia entrada por ai. Por fim, se você for um pouquinho pró-ativo conseguirá desenvolver um projeto do seu interesse, o que faz toda a diferença.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

A ficção pode ser implementada?

Julio Verne, Arthur Clark, Isaac Asimov e H.G. Wells são exemplos de escritores que viveram a frente de seu tempo e previram diversos avanços tecnológicos em suas obras de ficção. Para ilustrar, o primeiro descreveu o funcionamento de um balão, de um dirigível e até de um helicóptero. Adicionalmente, ele previu o lançamento de uma nave tripulada para Lua aproximadamente 104 anos antes dessa façanha ser materializada; só para citar os artefatos relacionados a conquista dos céus :-). Tem muito mais na Coleção Exploradores do Futuro e nas obras dos autores supramencionados. Então, a resposta para a pergunta, que intitula este post, é sim!

Na realidade, o que motivou este post foi o filme Batman - The Dark Knight, especificamente o sistema que o homem morcego utilizou para rastrear o Coringa. Tal sistema foi desenvolvido pelo Lucius Fox (CEO da Wayne Enterprises - Morgan Freeman). Fox criou uma solução para transformar um smartphone em um scanner de ambientes. Assim como um SONAR (Sound Navigation and Ranging), o celular emitia ondas, na frequência do som, que têm a propriedade de serem refletidas ao encontrar um obstáculo. Com isso, é possível determinar a localização de objetos no ambiente em questão. Tudo muito legal, mas isso pode ser implementado hoje? Em outros termos, até onde a ficção pode ser implementada, neste caso?



No estado-da-arte não. Mas muito provavelmente um dia será, especialmente se começarem a implementar rádios genéricos que permitem que a frequência e o protocolo de acesso ao meio sejam definidos via software (Software-Defined Radio - SDR). Para ilustrar, a tecnologia GSM usa a faixa de frequência de 900 a 1800 MHz, já o som, que pode ser escutado por seres humanos, varia de 20 Hz a 20 kHz. Um SONAR utiliza uma onda na frequência de 500 Hz para identificar obstáculos na água. Se a tecnologia SDR estivesse disponível hoje, o Fox poderia ter escrito uma aplicação para mudar a frequência de operação do rádio dos celulares, adicionalmente, seria necessário captar as ondas refletidas pelos obstáculos e, ainda, ele teria que utilizar algum mecanismo para transmitir estes dados para um servidor na Wayne Enterprises. Só resta saber como seria possível fazer deploy deste software nos celulares de todos cidadãos de Gothan City e como os dados gerados seriam transmitidos e interpretados. Isso é coisa para cientistas, eu já estou satisfeito.

Outra solução razoável é colocar um SONAR nos smartphones... eles já têm GSM/CDMA, AM/FM, Wi-Fi, Bluetooth, Infra-red, TV-Digital e GPS... mais um rádio não fará grande diferença :-).

domingo, 20 de julho de 2008

Brain and Body Fitness

Brainfitness sempre me chamou a atenção. Lembro que no início desse século li uma resenha do livro “Mantenha seu cérebro vivo” (Lawrence Katz e Manning Rubin) e resolvi compra-lo. Comprei porque o título me provocou! Pô! Não parece mas ele está vivo (pensei). O livro apresenta um conjunto de técnicas para melhorar o desempenho do cérebro e é voltado para as pessoas na melhor idade. Contudo, todavia, entretanto, existem estudos que mostram que tais exercícios também podem trazer benefícios para jovens.

Há três meses atrás li uma reportagem que descrevia os benefícios dos exercícios para o cérebro, especificamente para a memória, controle cognitivo, atenção e velocidade de processamento. Nesta matéria, o jornalista fez referência a alguns sites que oferecem exercícios para melhorar o desempenho do cérebro nas áreas supracitadas; entre eles o Lumosity. O slogan do Lumosity é "Reclain your brain." Não resisti a provocação, novamente, e comecei a brincar; porque o primeiro mês é grátis. Os exercícios são desafiadores e, por consequência, viciantes. No final do primeiro mês eu não hesitei em pagar os $ 9,50 doletas para continuar brincando.

Fazem três meses que estou fazendo o treinamento do Lumosity e cheguei próximo ao meu limite em alguns exercícios, conforme é possível ver no gráfico abaixo. Neste gráfico tem-se o BPI (Brain Performance Index) em função dos dias treinados. É possivel observar que meu desenpenho está quase constante e melhorar exige muito esforço e disciplina, tais requisitos são semelhantes aos exigidos para alcançar bodyfitness.



Para ilustrar vou descrever o meu exercício preferido; "Memory Match". Conforme a figura abaixo, este exercício consiste em identificar se uma figura geométrica é igual a outra, o jogador tem 45 segundos para acertar o maior número possível. No início (A), você vê as três casas, depois de três acertos só é possivel ver a terceira casa (B) e você tem que lembrar da primeira casa para dizer se as figuras geométricas são iguais ou diferentes; simples assim. O principal objetivo é exercitar a memória de trabalho.



Recomenda-se vinte minutos de treinamento diários, pois é nesse período que o seu desempenho pode melhorar, depois disso começa a fadiga. Isso mesmo, fadiga igual a observada em músculos depois de uma sessão de exercícios físicos. E o objetivo é sempre melhorar o seu desempenho, obviamente.

A relação entre Brain e Body Fitness

Eu costumo "esticar as canelas" fazendo corridas curtas, o principal objetivo é manter a sanidade :-). Ultimamente ando correndo 10 Km, contudo me lembro que no início era muito difícil correr isso em menos de 50 minutos. Me acostumei a correr 10 Km enganando meu cérebro. Só de pensar em correr 10 Km você já fica cansado, para resolver o problema comecei a pensar da seguinte forma: Vou aquecer nos primeiros 4 Km e vou correr pra valer nos outros 6 Km. No final das contas eu corria os 10 Km, contudo pensar dessa forma é muito menos doloroso. Isso funciona muito bem, com o tempo eu fui diminuindo os Km destinados ao aquecimento e os 10 Km se tornaram bem simples de serem corridos.

Quanto ao brainfitness, conforme você vai ficando bom no exercício em questão, mais difícil é bater seu recorde anterior, por motivos óbvios. Portanto, comecei a tentar enganar o meu cérebro usando um método semelhante ao utilizado nas corridas. A primeira coisa é não pensar nos 45 segundos que você tem para bater o seu recorde. Esqueça o seu recorde e não pense no exercício como um todo. Eu tento mentalizar que cada acerto é uma missão completada com sucesso, com isso, a fadiga é significativamente reduzida e, no final de tudo, consigo realizar o exercício com um desempenho melhor. Fazendo uma analogia com a corrida, eu só tento pensar no próximo passo, fico feliz em ter conseguido dar este passo e continuo a diante de passo em passo até melhorar o meu desempenho.

Para finalizar, acredito que as pessoas inteligentes exercitam seu cérebro a todo momento e não precisam desses exercícios. Por outro lado, fica a dica para os curiosos e demais interessados. Adicionalmente, percebi que a minha concentração melhorou significativamente e não fico cansado como antes. Esses dias perdi um ônibus na rodoviária de Rio Claro, o próximo só saiu duas horas depois. Comprei uma revista Super Interessante (não tinha Scientific American... rs), sentei no banco, e li TODA a revista em uma hora e quarenta minutos. Eu nunca tive saco para fazer uma atividade dessa, mas no final eu ainda queria ler mais.

domingo, 23 de março de 2008

Cubo Mágico

Praticamente todo mundo foi desafiado a resolver o cubo mágico quando era criança e confesso que sentia certa frustração por não conseguir solve-lo, mesmo embasado pelos meus supostos conhecimentos algorítmicos. Esta pequena frustração acabou! Estava eu assistindo vídeos no YouTube quando me deparo com um link para os vídeos premiados no YouTube Vídeo Awards 2007. O campeão da categoria Instructional é o vídeo intitulado “How to solve Rubik’s Cube”, eu fiquei tão interessado que peguei o meu cubo e fui tentar resolve-lo. A primeira dica do autor é desmontar o cubo, eu fiz e concluo que é chato e você precisa ser habilidoso para montar o brinquedo novamente (vide foto abaixo).



O legal mesmo é aprender os algoritmos, para tanto eis os vídeos:




Por fim, você terá o imenso prazer de resolver este diminuto problema que te perseguiu por todos estes anos. Puxa vida! Por que eu não nasci no século XXI? Viva a Web!



Ops! O que isso tem haver com Teoria dos Grafos? Plec! Eu deveria estar estudando e não brincando com isso...

sábado, 22 de março de 2008

Projetos concretamente impossíveis

No veloz curso de nossas famigeradas vidas nos deparamos a todo momento com diversos projetos, que inevitavelmente podem ser classificados em função da sua utilidade e qualidade. Também existem os projetos que nunca foram implementados popularmente conhecidos por “Projetos Virtualmente Impossíveis” ou “Mission Impossible Projects”. Tal termo foi cunhado pelo Edward Yourdon em um livro com o mesmo titulo, neste texto o autor versa sobre o problema dos projetos na indústria de software. O título deste post faz alusão ao termo supracitado e tenta relatar um bug em um projeto concreto.

Nos últimos meses andei com alguns distúrbios relacionados ao sono e observei que toda manhã o colchão estava uns dez centímetros para fora da cama. Conclui que se tratava de sono agitado, em outros termos, eu estava me movimentando durante o sono e por conseqüência empurrando o colchão. Inocência a minha, na realidade eu estava diante de um projeto concretamente impossível! A foto abaixo mostra o problema na minha cama.



Supostamente uma cama deve suportar peso na vertical, uma vez que ela pode servir de arena para vários “esportes horizontais”. Contudo, o projetista da minha cama vez um encaixe que visivelmente não é ideal para suportar peso e vibrações na vertical, um dia isso ia ceder (ver foto acima). Pensei em alguma forma de consertar o bug deste projeto utilizando as ferramentas que domino e tenho em casa; neste caso uma furadeira e quatro parafusos, conforme foto abaixo.



A solução vislumbrada consiste na colocação de um parafuso logo abaixo do encaixe para suportar o peso na vertical. Para tanto foi necessário furar o tubo de 5 cm e colocar um parafuso de 6 cm fixado com uma porca. Furar um tubo não é uma atividade trivial, dessa forma, observem como deve ser feito:



Em suma, estou dormindo na horizontal novamente, os distúrbios no sono desapareceram (não estavam relacionados a este problema) e a arena suporta até esportes horizontais entre elefantes. Em complemento, senti o prazeroso gostinho de arrumar um bug de um projeto concreto. Agora deixe-me voltar aos meus projetos virtualmente impossíveis
:-).

sexta-feira, 14 de março de 2008

500 Internal Server Error!

Acordei, liguei o computador e coloquei uma playlist do YouTube intitulada "Radioahead". O objetivo era começar o dia com propriedade (não sei o que eu quis dizer com isso) e, além disso, acordar os vizinhos. O primeiro clip foi apresentado como se esperava, contudo, o segundo não iniciou e o sistema mostrou o seguinte erro:



Em suma, bom humor é melhor que música pela manhã. Tks monkeys!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Racismo é burrice!

Em um passado distante, quando cursava a sexta ou sétima série do primeiro grau (atualmente ensino fundamental) eu e uns colegas de turma memorizamos a música Lôrabúrra do Gabriel O Pensador com o nobre objetivo de homenagear nossas amiguinhas loiras (nem sempre desprovidas de inteligência). Isso era divertido porque estudávamos em um colégio de freiras, conseqüentemente 80% da turma era do sexo oposto, em outros termos, tínhamos muitos alvos em potencial. Hoje eu tenho certeza que as mulheres são mais inteligentes e disciplinadas que os homens.

Molecagens à parte, lembrei-me do fato supracitado, pois foi nesta época que virei fã do Gabriel. Estes dias fui procurar alguns clips dele no YouTube e achei a música “Racismo é burrice”. Eu sou afrodescendente com muito orgulho e cresci em um bairro de classe pobre onde a maioria dos meus amigos eram também. Além disso, lembrei da foto de uma família de torcedores espanhóis que se pintaram de preto para descriminar o piloto britânico Lewis Hamilton. Vi o clipe abaixo quinze vezes em homenagem a família espanhola.


Para finalizar, sou contra a política de cotas por raça, mas sou a favor da política por condição social e para deficientes.

Escute também a música "O homem amarelo" do "O Rappa".


...
Não seja um imbecil.
Não seja um ignorante.
Não se importe com a origem ou a cor do seu semelhante.
O quê que importa se ele é nordestino e você não?
O quê que importa se ele é preto e você é branco?
... (Gabriel O Pensador)

Racismo é burrice! Cor da pele FODA-SE! Direitos iguais!

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Dependência da rede

Atualmente não faço mais download de músicas e clips, simplesmente utilizo o YouTube. Crio minhas playlists e ponho para tocar. O primeiro problema é a qualidade do áudio que é inferior a de um mp3, contudo, é suficiente. O segundo problema resume-se na falta de recursos para gerenciamento das playlists no YouTube, não é possível fazer coisas básicas como renomear uma playlist, apagar um vídeo e selecionar a ordem de reprodução; não tem nenhum aviso indicando que o sistema é beta. O terceiro e último problema é a dependência da rede, ficar sem rede implica em ficar sem música.

Esta dependência da rede pode ser um saco. Ontem no final da tarde eu estava fazendo “backup” da Internet na universidade, como de costume, quando a rede parou de funcionar. Fiquei duas horas sem música (YouTube), sem acessar meus e-mails (Gmail) e sem ler notícias (Google Reader). O YouTube, o Gmail e o Google Reader são aplicações Web e por conseqüência dependem da rede. Contudo, existe o Google Gears que é uma plataforma que permite acessar o Gmail e o Reader quando offline. O funcionamento é simples, quando online você pode persistir os dados localmente, dessa forma, quando offline você pode acessá-los. Adicionalmente, com o Gears é possível escrever aplicações Web que funcionam offline. Existem outros projetos de grandes players na mesma linha como, por exemplo, o Prism (Mozilla) e o AIR (Adobe).

São crescentes os esforços para possibilitar o desenvolvimento de aplicações que fazem uso do melhor dos dois mundos; Web e Desktop. Em complemento, estamos ficando cada vez mais dependentes das redes de computadores, vocês viram que o Mac Book Air não tem driver óptico? Por onde será que os dados vão entrar? (Seja educado(a) ao responder!) Por aqui a paranóia é tanta que tenho dois modens ADSL configurados para conectar em provedores distintos (veja foto).


Se o problema for na empresa de telefonia saio correndo para universidade :-).
Sim! Sou dependente da grande rede a algum tempo.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Thumbsucker

Em bom português o título deste post, provavelmente, seria “Chupador de dedão”, contudo, traduziram como “Impulsividade”. Levando em consideração a estória do filme, tal título, faz sentido, mas não é tão apelativo quanto ao original. Poxa vida... esse filme foi lançado em 2005 e só agora fui vê-lo, acho que andei visitando as prateleiras erradas na locadora todo este tempo. Na verdade, entrei na locadora com o intuito de alugar algo realmente interessante, acabei alugando Idiocracy (Luke Wilson) e Thumbsucker (Mike Mills). Os dois são ótimos, mas o segundo merece destaque, pois o primeiro simplesmente retrata um fenômeno previsível “No futuro, a inteligência estará extinta”; este blog corrobora para tal fenômeno :-).

Veja o trailer, alugue e divirta-se.



O melhor filme do carnaval, até o presente momento.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Não faça nada com fome

Sábado passado foi mais um dia típico da minha pacata empreitada que vem se desdobrando nas sombras deste simplório universo. No final da tarde fui correr na “pista da saúde” e depois fui até o supermercado comprar algo para comer. Vale destacar que qualquer atividade física consome energia e por conseqüência gera fome. Eu estava faminto e isso mudou sensivelmente meu comportamento no supermercado. Comprei três frutas diferentes, dois tipos pão, um sanduíche de frios, um suco de laranja e uma barra de chocolate. Gastei quatro vezes mais que o normal! Enfim, aprendi que devo fazer um lanche antes de ir ao supermercado e que tal comportamento é similar em outros contextos, portanto, não faça nada de barriga vazia.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Uma Frase

"Make the best use of what is in your power, and take the rest as it happens."

Epictetus
Roman (Greek-born) slave & Stoic philosopher (55 AD - 135 AD)

Tudo muito simples... nós é que complicamos.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Prêmio Nobel Vs. Títulos em Mundiais

Hoje li a crônica do professor José Palazzo M. de Oliveira intitulada “Tenure ou a estabilidade no ensino e na pesquisa”. Em poucas palavras, tal texto versa sobre a relação entre a estabilidade do emprego e a qualidade da investigação científica desenvolvida, por professores, em instituições de ensino superior. O texto é muito interessante e merece ser lido. Contudo, o que mais me chamou a atenção foram as duas tabelas abaixo:

A primeira tabela mostra o número de prêmios Nobel por país e a segunda o número de títulos mundiais de futebol. Uma análise rápida me permite concluir que o Brasil é um país desequilibrado, especialmente se comparado a Alemanha, França, Inglaterra e Itália. É evidente que estamos fazendo algo errado (observem que eu não fujo da crítica :)))).

Acho pertinente descrever o contexto no qual eu vi tais tabelas, com a finalidade de tentar expressar minimamente meu sentimento no momento. Cheguei em casa por volta das 18:30, liguei o computador, abri o arquivo do meu projeto de tese, escrevi três linhas de texto, fechei o arquivo e fui acessar os sites de esportes para ler as preleções dos jogos do Paulistão da noite. Estava extremamente ansioso com a estréia do São Paulo e do Imperador Adriano. Assisti o jogo pela Internet utilizando o SopCast e fiquei feliz com o resultado. Voltei aos sites de esportes para ler os comentários sobre a vitória do melhor do mundo e até escrevi um comentário no Blog do Torcedor do São Paulo Futebol Clube.

Terminada minha excitação em torno do futebol fui ler meus e-mails. Na lista de discussão da Sociedade Brasileira de Computação estava rolando uma reflexão em torno da demissão de três professores de uma universidade privada. O professor Palazzo contribuiu simplesmente indicando um link para a crônica supracitada.

Observei que estas tabelas postadas lado a lado, refletem exatamente minha escolha pelo futebol em detrimento ao projeto da minha tese. De forma geral meu comportamento pontual reflete o Brasil como um todo; investimos mais em diversão do que em conhecimento. Exageros a parte, assumo minha contribuição :-).

Sou um brasileiro típico: gosto de futebol, critico o governo (mas não faço nada de concreto), queria surrar o Renan, Palocci, Jobim e Dirceu, vivo revoltado com a violência e com os impostos, penso duas vezes antes de ir para um aeroporto e estou com um medo danado de pegar febre amarela.

Portanto: Vai lá! Vai lá! Vai lá! Vamos de coração! Vamos São Paulo! Vamos São Paulo! Vamos ser campeão!

sábado, 12 de janeiro de 2008

Eagle and Shark

Um filme louco e genial. Os personagens principais são os mais retardados e inocentes que já tive a oportunidade de assistir (Lily e Jarrod). A interpretação da Loren Horsley (Lily) é excelente! A voz que ela faz é ridiculamente engraçada (se é que isso é possível). O Jemaine Clement (Jarrod) também atua muito bem e o figurino ajuda bastante na definição do seu personagem Loser (sim, o L tem que ser maiúsculo neste caso). Altamente recomendado! Você vai rir do início ao fim. Segue o trailer:



Escrito e dirigido por Taika Waititi, completamente sem noção.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Think Different

Achei uma versão atualizada do vídeo "Think Different" feito pela Apple. Não reconheci todos os notáveis que aparecem no vídeo (South Park, Marilyn Monroe, Leo Laporte, Michael Moore, Derren Brown, Stephen Hawking, Arianna Huffington), mas os últimos são o Steve Jobs e o Woz, por motivos óbvios. O texto continua o mesmo:

"Here's to the crazy ones. The misfits. The rebels. The trouble-makers. The round pegs in the square holes. The ones who see things differently. They're not fond of rules, and they have no respect for the status-quo. You can quote them, disagree with them, glorify, or vilify them. But the only thing you can't do is ignore them. Because they change things. They push the human race forward. And while some may see them as the crazy ones, we see genius. Because the people who are crazy enough to think they can change the world, are the ones who do." (Apple Computer)



O original é melhor, mas tá valendo...

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Problemas

Eles nascem para serem resolvidos. Providos de sorte são aqueles que podem escolher os seus, pois, em condições normais de pressão e temperatura, eles simplesmente aprecem em um ritmo caótico e nem pagam a cota da festinha.

Há quem ouse dizer que eles existem para nos fortalecer, parafraseando o Bernardinho: “Para nos tirar do estado de conforto.”. Eles podem gerar dor, ressentimentos, frustrações, raiva, ódio, prejuízo, estagnação e etc. Uma vez solucionados, ou melhor, o prazer de solucioná-los e as conseqüências da implementação desta solução podem gerar alívio, gratidão, motivação, alegria, felicidade, lucro, progresso e etc. É assustadora a bipolaridade e simplicidade das coisas. Quanto mais rápido você avança para um extremo, mais intensa será a sensação durante a volta.

Gostaria muito de ser um resolvedor de problemas nato. Daqueles que, aparentemente desprovidos de metodologia nenhuma, simplesmente resolvem. Adoraria portar tal dom! Estes iluminados olham, pensam e resolvem. Sem dissipar energia desnecessária; um exemplo de conduta. Eles estão fantasticamente sincronizados com o universo, olham e podem ver, pensam e conseguem compreender. Cientes de que não existem momentos ordinários, eles seguem suas vidas com harmonia e equilíbrio. Sempre guiados por seus pensamentos e ambições, prontos para saltar sobre cada obstáculo que lhes for apresentado.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

A melhor tirinha do Dilbert

Aproveitando a ausência de inspiração, que na realidade nunca apareceu neste blog, eis a melhor tirinha do Dilbert (na minha opinião, é claro!):

O despedido: Apesar de eu ter sido despedido por incompetência, eu sou profissional o bastante para te treinar antes de ir embora.
Dilbert: Eu já implementei uma aplicação Java que faz tudo que você faz.
O despedido: Tudo?
Dilbert: Com exceção das partes incompetentes.

Diz ai, você gostaria de ter um colega de trabalho igual ao Dilbert?

Disclaimer: fonte da imagem Dilbert.com.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Pensando no futuro da computação móvel

Existem várias visões a respeito do futuro da computação móvel. É consenso que os dispositivos móveis terão mais de uma interface de rede sem fio, os ambientes de redes serão heterogêneos e que o sistema será homogeneizado na camada de rede pelo emprego do protocolo IP, formando as chamadas All-IP Netwoks.

No estado da arte, as redes de telefonia celular são as mais restritas, pois o usuário compra um SIM card de uma operadora e só consegue acessar a rede da mesma. Com a evolução dos sistemas de biling, a escolha da rede poderá ser feita dinamicamente pelo usuário como, por exemplo, se você está conectado no serviço de dados da operadora A e a operadora B faz uma promoção relâmpago, você poderá mudar de rede automaticamente.

Adicionalmente, o uso de aplicações típicas da Internet está limitado ao uso de uma infra-estrutura de rede, o que, geralmente, gera frustração dos usuários móveis, pois envolve custo. Imaginemos que você e seu colega de trabalho estão sentados frente a frente em uma mesa na sala de reuniões da empresa (ver figura abaixo). Se você quiser enviar um e-mail para seu colega será necessário uma associação a WLAN da empresa (ou ao serviço de dados da rede de telefonia), enviar o e-mail para um servidor (que pode estar em qualquer lugar) e seu colega terá que fazer o mesmo para recuperar a mensagem.

O exemplo supracitado explicita um ambiente onde não é necessário o uso de uma infra-estrutura de rede. Basta você estabelecer uma rede adhoc com seu colega e enviar o e-mail (ver figura abaixo). Isso é possível atualmente, contudo é perdido o contexto do e-mail, em outros termos, não é possível enviar um e-mail por meio de uma conexão adhoc e lê-lo na sua aplicação preferida. Neste sentido, existem propostas para tornar possível o uso de aplicações típicas da Internet em situações onde não é necessário o uso de uma infra-estrutura de rede ou onde não existe uma. Um exemplo é o paradigma denominado Pocket Switched Networking (PSN).


The best way to predict the future is to invent it. (Alan Kay).

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Pesquisando sem Internet em pleno século XXI

Em um passado recente eu estava na casa da minha mãe, em Cuiabá-MT, conectado a Internet por meio de uma conexão discada de 52 Kbps e lendo o livro intitulado “IBM and the Holocaust” (E. Black). Motivado pelo livro resolvi pesquisar a respeito das origens dos Judeus. Em condições “normais” a Wikipedia seria a fonte ideal, contudo, a absurda velocidade da minha conexão discada me vez ir consultar as enciclopédias que minha mãe tem em casa.

Foi muito agradável sentimento de nostalgia que me ocorreu ao folhear estes livros que sempre estiveram dentro do meu quarto durante minha infância e adolescência. Na verdade, na adolescência eu tinha vontade de jogá-los fora e atear fogo, pois ocupavam muito espaço em um quarto pequeno. Hoje concordo com minha mãe em doá-los para uma biblioteca comunitária que fica em um bairro vizinho, apesar de que, hoje tem muito espaço na casa; eu e minha irmã não moramos mais lá.


Não me lembro onde li que cientistas afirmaram que as informações descritas nas enciclopédias tradicionais como, por exemplo, Barsa e Mirador, e na Wikipedia estão igualmente erradas. Então resolvi fazer minha comparação.

Concluo que a Barsa tem um resumo coeso e mais interessante que o disponibilizado na Wikipedia em português, por outro lado, o texto em inglês é mais completo que a Barsa. Já a enciclopédia Mirador tem um texto melhor e mais completo que o da Barsa e que o da Wikipedia nos dois idiomas. Portanto, não menospreze as enciclopédias tradicionais e não acredite no que a mídia diz que os cientistas disseram, existe uma imensa perda de informação entre a boca de um cientista e o ouvido de um repórter (o mesmo é válido para o texto do cientista e o cérebro do repórter). É claro que isso tudo só é válido se você estiver interessado em saber a respeito das origens dos Judeus, pois não comparei outros textos. E é fato que a Wikipedia faz uso da liberdade da Web para distribuir, criar e manter as informações, o que não é possível quando a mídia é um livro tradicional.

Para finalizar, meu centro de comando em Cuiabá-MT:



Sim, sim, sim... eu utilizo mais de um computador ao mesmo tempo.

domingo, 6 de janeiro de 2008

Researching

If we knew what we were doing, it wouldn't be called research, would it? (Einstein).

Perfeito! Estou aliviado...

Alguma pergunta fundamental?

Hoje resolvi rever uma discussão sobre o universo, os buracos negros, as leis da ciência e sobre Deus, realizada entre o professor Stephen W. Hawking, o escritor Arthur C. Clarke e o doutor Carl Sagan. A estrela da discussão foi o professor Hawking, que na época já utilizava um sintetizador de voz para se comunicar, e a conversa gira em torno de seu livro intitulado “A Brief History of Time”.

Eu já havia visto esta conversa várias vezes, contudo, dessa vez uma observação do Carl Sagan me fez refletir sobre as habilidades necessárias para se desenvolver uma tese. Neste contexto, o termo "tese" refere-se a um texto formal, que faz uso do rigor científico, pelo qual o(s) autor(es) apresenta(m) uma contribuição inédita para alguma área do conhecimento humano.

O Sagan afirma no prefácio do livro do Hawking que apenas as crianças fazem perguntas fundamentais, porque elas, simplesmente, não sabem por que não fazê-las. No vídeo ele complementa tal afirmação dizendo que o atual sistema de ensino desencoraja os estudantes a fazerem perguntas fundamentais. Ele cita dois exemplos de perguntas: i) Por que a lua é redonda? ii) Por que a grama é verde? Adicionalmente ele afirma que, geralmente, os adultos respondem essas perguntas interessantes com: O que você esperava? Que a lua fosse quadrada ou a grama azul?

Em suma, isso explica porque a grande maioria dos estudantes de pós-graduação tem sérias dificuldades para vislumbrar um tema de pesquisa que seja pertinente para o estado-da-arte. Eu me incluo neste grupo, pois estava tentando definir meu projeto de tese quando resolvi escrever este post. É muito difícil pensar em questões fundamentais, uma vez que fomos desestimulados desde muito cedo; explica mais não justifica. O que vai salvar minha carreira acadêmica (espero que meu orientador não leia isso) é a técnica que o professor Mario A. Nascimento apresentou em uma palestra no ICMC-USP. Ele disse que perguntou à uma famosa pesquisadora como ela conseguia criar tantas áreas de pesquisa e ela simplesmente respondeu: “Liste exaustivamente todos os pilares que sustentam uma determinada área, tire um e veja o que acontece”.

sábado, 5 de janeiro de 2008

A Web permite que pessoas talentosas virem estrelas

A Web oferece recursos para que pessoas, em lugares geográficos distintos, cooperem na construção, disseminação e absorção de conhecimento. É claro que tais recursos ainda são limitados, pois, atualmente, grande parte da interação ocorre por meio de texto e os seres humanos são “falantes”. Isso explica a crescente popularização de sites que permitem a disponibilização de vídeos. Dessa forma, é possível disponibilizar informações utilizando a composição de texto, áudio e vídeo, melhorando a experiências dos usuários Web (mashup).

Estes dias li uma reportagem do New York Times intitulada “At 71, Physics Professor Is a Web Star”. Isso ocorreu devido a iniciativa do MIT em disponibilizar seus cursos na Internet no contexto do projeto MIT OpenCourseWare. O curso do professor Walter H. G. Lewin é um dos mais acessados e eu fui conferir o porque. As aulas do professor são um show! Ele combina teoria, experimentação e humor, esbanjando uma didática incrível. Já até emprestei um livro de Física na biblioteca. Estudantes do mundo inteiro elogiam e agradecem o professor por mostrar como a Física é linda e permeia nosso dia-a-dia.