terça-feira, 19 de junho de 2007

Máquina do tempo

Eu estou precisando de uma máquina do tempo. Não tenho certeza se quero voltar ou avançar no tempo, detalhe insignificante. A idéia é fugir das atuais dúvidas e incertezas. Não posso nem emprestar o livro do H.G. Wells na biblioteca, vamos lá Sr. Lula!

Outro dia estava eu caminhando em direção ao supermercado, pensando em como revolucionar o acesso a serviços nas futuras redes de computadores, quando sorrateiramente um simpático senhor apareceu pedindo ajuda. Ele não conseguia carregar as sacolas de compras, provavelmente, devido as fortes dores nas costas. Peguei as sacolas e o acompanhei até sua residência. Foram minutos de conversa agradável, nos quais pude perceber que aquele senhor não precisava de uma máquina do tempo. Com certeza ele estava satisfeito com seu saldo que, neste contexto, é dado por conquistas menos fracassos.

Nos últimos meses trabalhei duro para finalizar coisas e algumas coisas simplesmente acabaram. Gostaria de ter ficado com a certeza que sempre esteve comigo em cada passo que dei nos últimos vinte e cinco anos. Superei-me e fui superado. Hoje, minhas dúvidas variam de “correr ou nadar?” até “estudar ou trabalhar?”. Espero que as dificuldades sejam realmente o fogo do aperfeiçoamento, de forma que o melhor aço tem que passar pelo fogo mais quente.

Na ausência de uma máquina, aguardarei o tempo passar mergulhado na labuta.