sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Homenagem Genial

Hoje li uma homenagem de uma revista ao excelentíssimo ministro da defesa, que considero um texto no mínimo genial devido à alusão, bem humorada, ao apagão Aéreo. Minha tia, Lúcia Elvira Rigolin de Almeida, me emprestou alguns exemplares da revista piauí, cujo slogan é “Para quem tem um parafuso a mais”. Esta revista, geralmente, publica textos críticos que, às vezes, fazem uso de um humor sutil para torná-los ainda mais interessantes. O que mais me chamou a atenção foi uma propaganda da própria revista, publicada na mesma, e intitulada “Homenagem”, tal texto reflete o espírito da revista, segue a obra na integra:

A redação da revista piauí gostaria de extremar os mais sinceros agradecimentos ao excelentíssimo senhor ministro da Defesa pelo êxito na implantação do PAAA – Programa de Aceleração do Atraso Aéreo. Pedimos a compreensão dos passageiros que perderam encontros, cancelaram viagens, adiaram planos, arruinaram férias ou fizeram promessas inalcançáveis a filhos, pais, cônjuges ou patrões. Mas temos que reconhecer que, impedidos de voar de uma lado para outro, os brasileiros puderam finalmente se sentar em casa para ler nossa revista de ponta a ponta. Outrossim, acalentamos o sonho de que, diante da perspectiva de esperar dias dentro de um terminal de aeroporto, na ausência até de cafezinho, e sendo obrigados a aturar crianças ranhentas, senhoras com chilique, funcionários desinformados e espécimes brutos partindo para ignorância, nossos leitores tenham encontrado no bom humor da revista algum refrigério para a irritação generalizada. Nos nossos quatro meses de existência, já vendemos mais de 120 mil exemplares. Obrigado, ministro.

Meus profundos agradecimentos a redação da piauí pelas dezenas de minutos que passei dando gargalhadas e, ainda, por ampliar meu restrito repositório de temas para serem discutidos em botecos. Até tirei uma foto da propaganda (abaixo) nas cores do partido do nosso “querido” presidente. Fica a dica de uma excelente revista.


quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Férias em Cuiabá-MT

Hoje estou em casa! Pelo termo “casa” entende-se a residência da minha mãe locada em Cuiabá-MT. Na verdade cheguei por aqui no dia 23/12, já reencontrei meus amigos e passei o Natal com minha família. Faziam, praticamente, três anos sem ver meus amigos e ainda não consegui digerir todas as histórias perdidas. Quanto a minha família, tive a oportunidade de conhecer o mais novo membro, Samuel, filho da minha prima Graziela. O pequeno Samuel completou um mês de vida no dia 26/12, ou seja, ele também nasceu no dia 26/11, esse moleque promete.

Cheguei em casa às 07:00 do dia 23/12, adivinha o que eu estava fazendo às 08:00? (veja foto abaixo).



terça-feira, 18 de dezembro de 2007

O desabafo de um músico

No último final de semana tive o prazer de conhecer um punhado de gente em Riberão Preto-SP. O Pedro disse que ia acontecer um churrasco interessante e que a Ursa maior estava a disposição. O Davi e o André toparam e fomos. Aconteceu vários eventos pertinentes neste churrasco, um dos mais notáveis foi o desabafo do músico, que, cansado de viver entre medíocres, disse:

"Véio! Esses caras pensam que MÚSICA é trilha sonora da vidinha de alguém".

Perfeito! Especialmente vindo de um músico talentoso.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Eu e a Paranóia

Nos últimos dias vi dois filmes cujos personagens principais eram paranóicos. O primeiro foi Disturbia e o segundo The Number 23. Disturbia é um filme abaixo da média que conta a história de um moleque que perdeu o pai, agrediu um professor e foi condenado a prisão domiciliar, sem ter nada para fazer em casa começa a bisbilhotar os vizinhos. Certa noite ele vê um vizinho matar uma mulher e começa a paranóia, que é acentuada quando o mesmo vizinho começa a namorar a mãe dele.

The Number 23 é um filme muito bem elaborado, tem um final inesperado e a atuação do Jim Carrey é excelente; mesmo sem fazer uma careta. A história gira entorno da vida de um cidadão pacato (Jim Carrey) que ganha um livro, intitulado The Number 23, de presente da sua esposa. Tal livro conta a história da vida de um sujeito que relaciona todos eventos de sua vida ao número 23. O personagem principal se identifica com a história e adota a paranóia de relacionar tudo ao número 23.

Trailer Disturbia



Trailer The Number 23


Deixa eu voltar para as minhas paranóias...

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

A runners creed

I will win; if I cannot win, I shall be second; if I cannot be second, I shall be third; if I cannot place at all, I shall still do my best. (Ken Doherty)

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Balanço do semestre 2007/2

Este semestre foi o mais excitante dos últimos anos e é incrível como isso pôde acontecer. Se você conviveu comigo neste semestre, provavelmente, concorda que o termo “incrível” foi bem utilizado na frase anterior. Vou tentar fazer um balanço do semestre com foco nas atividades acadêmicas e com objetivo de comemorar o fim das aulas que aconteceu ontem (10/12/2007).

Este semestre fiz duas disciplinas: Computação Ubíqua e Sistemas Computacionais Distribuídos. Adicionalmente, trabalhei em dois projetos: SOHand e KyaTera. Ministrei algumas aulas para curso de mestrado do DC-UFSCar, algumas aulas para a graduação no ICMC-USP e um minicurso na Semana da Computação do ICMC-USP. Para finalizar, fiz duas palestras: uma na SEMFISMA (Andradina-SP) e outra no JustJava 2007 (São Paulo – SP).

Quanto às disciplinas, comecei um pouco assustado porque não é fácil voltar a sala de aula depois de um ano e meio “longe” dela. Teoricamente eu deveria ser proficiente nestas duas disciplinas, no entanto, o tempo me mostrou o contrário. Em ambas aprendi muito com os professores e, especialmente, com os colegas devido aos inúmeros seminários.

Quanto aos projetos, iniciei meus trabalhos no projeto SOHand, sob a orientação do Prof. Edson dos Santos Moreira, antes do início das aulas. Me senti à vontade pois os problemas a serem atacados eram relacionados ao meu trabalho de mestrado. Inicialmente, eu e o Davi investigamos e implementamos o handover entre Bluetooth e Wi-Fi no Linux (sem se preocupar com a interrupção da conexão). Em seguida, nasceu a idéia de Wireless Footprinting que, em poucas palavras, é uma aplicação que armazena informações sobre as redes sem fio que são alcançáveis em um determinado percurso do usuário nômade. Em outubro, fui alocado no projeto KyaTera, sob a orientação do Prof. Carlos Antônio Ruggiero, no IFSC-USP. Este é meu projeto atual e minha função é gerenciar a rede KyaTera em São Carlos-SP. Já no primeiro dia de trabalho tive que acompanhar dois técnicos responsáveis pela instalação dos equipamentos da rede óptica entre São Carlos, Campinas, Rio Claro e Araraquara. Foi um período de aprendizagem intensa e já me tornei um especialista em redes ópticas com alguma bagagem teórica e prática (mais prática que teórica). Provavelmente irei trabalhar neste projeto até 03/2008.

A parte mais divertida do semestre foram os laboratórios, apesar das noites sem dormir. Ciente de que a motivação faz toda a diferença cheguei até a oferecer prêmios (tickets do badejão) para os alunos que participassem da aula. No DC-UFSCar ministrei metade dos laboratórios da disciplina Computação Pervasiva (Prof. Responsável: Wanderley Lopes de Souza) para uma turma do mestrado. No ICMC-USP, ajudei o Sadao com os laboratórios práticos da disciplina Redes de Alto Desempenho (Prof. Responsável: Edson dos Santos Moreira) para duas turmas da graduação. O minicurso na SemComp(X) foi intitulado “Computação Móvel: Uma introdução prática”. Semana passada recebi, da organização do evento, a compilação dos feedbacks dos alunos do minicurso e fiquei muito feliz em saber que a galera gostou do curso.

Em ambas palestras abordei temas relacionados a Computação Móvel e a implementação de aplicações com Java ME. A palestra em Andradina-SP foi uma aventura, eu e o Sr. Villas fomos de carro até Salmorão-SP e de lá partimos para Andradina. No caminho o pneu furou, mas chegamos a tempo. O convite partiu do Prof. Ricardo, vulgo “mendoin”, que foi nosso colega de turma no mestrado. Eu e o Sr. Villas proferimos as duas palestras da noite. A palestra no JustJava 2007 foi muito proveitosa porque tive a oportunidade de conhecer outros desenvolvedores como, por exemplo, Bruno, Lucas, Neto e Robison. Neste ano o evento teve uma track só para Java ME, méritos do Maurício Leal.

Em suma, o balanço é positivo e o próximo semestre tende a ser muito melhor.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Network Neutrality

No post anterior eu citei o livro The Wealth of Networks que estuda o impacto social da Internet e discute a Economia Interconectada. Tal economia explora a liberdade da rede para produzir conhecimento, produtos (e.g. Software Livre) e por conseqüência riqueza. Por outro lado, existem empresas tentando acabar com esta liberdade, em outros termos, elas querem acabar com a Network Neutrality. Pelo termo “Network Neutrality” entende-se que todos os pacotes IP (Internet Protocol) trafegados na Internet são tratados da mesma maneira, não importa se os pacotes estão carregando fragmentos de uma música ou de um site Web.

As empresas de telecomunicação querem utilizar mecanismos para determinar de onde os pacotes IP estão vindo, para onde estão indo e o que estão carregando. Dessa forma, elas podem tarifar a comunicação, tanto no lado cliente como no lado servidor. Tomemos como exemplo uma empresa de telefonia celular, com o mecanismo supracitado tal empresa pode determinar qual o volume de pacotes, que trafegam na sua rede, provenientes dos servidores do Google e, com isso, pode exigir que o Google e/ou os clientes paguem por isso. Outro exemplo é o tráfego P2P (Peer-to-Peer) que poderia ter preços elevados para ressarcir as empresas detentoras dos direitos autorais da obra que está sendo compartilhada. As questões são: Quem deve controlar a Internet? (O governo ou as pessoas?) Quem deve pagar por isso? (As grandes empresas ou você?).

Seguem dois vídeos que abordam o assunto:




Mais informações em Save The Internet.

domingo, 9 de dezembro de 2007

A Riqueza das Redes

Aconteceu, no IEA-USP (Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo), um ciclo de seminários que versaram a respeito dos capítulos do livro “The Wealth of Networks” escrito pelo professor Yochai Benkler. Tal iniciativa foi liderada pelo professor Imre Simon (IME-USP) que a anos vem promovendo a discussão entorno do conhecimento livre na esfera acadêmica.

Em poucas palavras, o livro aborda o impacto social da Internet, com foco na economia interconectada. O exemplo típico são os sistemas de comunicação em broadcast como, por exemplo, a televisão que não permitem a interatividade do usuário, em outros termos, o usuário é passivo (infelizmente isso continuará, praticamente, do mesmo jeito com o modelo de TV Digital adotado no Brasil). Por outro lado, a Internet permite que o indivíduo conectado se torne um gerador de informação, esta proposição é materializada, por exemplo, pela febre de blogs que existem hoje.

O livro começa apresentando as características da Economia Industrial da Informação e da Economia Interconectada da Informação. A primeira possui poucos produtores ou integradores ativos, com uma grande barreira de entrada, devido aos elevados custos, e tem muitos consumidores passivos. Já na segunda, a barreira de entrada é o acesso a Internet e cada consumidor pode virar um produtor de informação.

Esta discussão é muito interessante, pois estamos imersos nesta realidade e o conhecimento dos impactos sociais da Internet é importante para a formação do senso critico do cidadão. Só li o primeiro capítulo, em breve postarei meu feedback sobre outros capítulos.

sábado, 8 de dezembro de 2007

Em casa de ferreiro o espeto é de pau!

Este post foi motivado por um e-mail que o Guilherme Mundin Torres enviou para a lista de técnicos em informática do ICMC-USP. O Guilherme tem um senso de humor acima da média e, além disso, é engenheiro de computação pela UFG e mestre em Ciência da Computação pela UFSCar. Segue o e-mail que ele escreveu:

Assunto: Mais uma da série "NORMAS"

Bom dia,

tem tempo que guardo essas fotos. É a prova de que em casa de ferreiro o espeto é de pau. Agora tem um vizinho meu ajudando também, altamente qualificado, mestre em redes na UFSCar e doutorando aí do ICMC.

Ontem fizemos outro "lançamento de cabo" por cima do telhado pra atender uma vizinha e me lembrei das fotos.

Segue os exemplos de supressor de ruído, emendas, reserva prevendo expansão da rede e etc. Tem 3,5 anos de operação já, debaixo de sol, chuva . . . :) Se não fosse pela emenda eu ia fazer de varal.

[]'s
Guilherme

As fotos são as seguintes:

Supressor de ruído.



Prendedor de cabo.


Reserva prevendo a expansão da rede.


Emenda à frio.


Palito contra "osmar".


Obs: Atualmente a rede tem cinco nós funcionando 24/7 e todos usuários estão satisfeitos!

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Frase do mês

Keeping your body healthy is an expression of gratitude to the whole cosmos - the trees, the clouds, everything.
(Thich Nhat Hanh)

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Fusões na rede KyaTera

Esta semana dois técnicos do CCE-USP (Paulo e Mauro) estão na USP São Carlos terminando as 322 fusões de um anel óptico do campus.

Filmei o Paulo e o Mauro fazendo a fusão de uma fibra:

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Na labuta

Em fim, nos últimos dias comecei a trabalhar em um projeto denominado KyaTera. Minha primeira missão é fazer upgrade do core da rede, na cidade de São Carlos, de 1 Gbps para 10 Gbps, minha proposta é essa:



Está missão teve início no começo do mês de outubro, eu estava pouco familiarizado com redes ópticas e nunca tinha configurado um switch layer 3. Na realidade, nos últimos anos só brinquei com redes sem-fio (Bluetooth e Wi-Fi) e desenvolvi software para dispositivos móveis, neste contexto, propor e configurar uma rede de 10 Gbps chega a ser assustador. Em suma, esta experiência está sendo interessante pelo simples fato de que tudo é novo para mim.

terça-feira, 19 de junho de 2007

Máquina do tempo

Eu estou precisando de uma máquina do tempo. Não tenho certeza se quero voltar ou avançar no tempo, detalhe insignificante. A idéia é fugir das atuais dúvidas e incertezas. Não posso nem emprestar o livro do H.G. Wells na biblioteca, vamos lá Sr. Lula!

Outro dia estava eu caminhando em direção ao supermercado, pensando em como revolucionar o acesso a serviços nas futuras redes de computadores, quando sorrateiramente um simpático senhor apareceu pedindo ajuda. Ele não conseguia carregar as sacolas de compras, provavelmente, devido as fortes dores nas costas. Peguei as sacolas e o acompanhei até sua residência. Foram minutos de conversa agradável, nos quais pude perceber que aquele senhor não precisava de uma máquina do tempo. Com certeza ele estava satisfeito com seu saldo que, neste contexto, é dado por conquistas menos fracassos.

Nos últimos meses trabalhei duro para finalizar coisas e algumas coisas simplesmente acabaram. Gostaria de ter ficado com a certeza que sempre esteve comigo em cada passo que dei nos últimos vinte e cinco anos. Superei-me e fui superado. Hoje, minhas dúvidas variam de “correr ou nadar?” até “estudar ou trabalhar?”. Espero que as dificuldades sejam realmente o fogo do aperfeiçoamento, de forma que o melhor aço tem que passar pelo fogo mais quente.

Na ausência de uma máquina, aguardarei o tempo passar mergulhado na labuta.