sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Uma Frase

"Make the best use of what is in your power, and take the rest as it happens."

Epictetus
Roman (Greek-born) slave & Stoic philosopher (55 AD - 135 AD)

Tudo muito simples... nós é que complicamos.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Prêmio Nobel Vs. Títulos em Mundiais

Hoje li a crônica do professor José Palazzo M. de Oliveira intitulada “Tenure ou a estabilidade no ensino e na pesquisa”. Em poucas palavras, tal texto versa sobre a relação entre a estabilidade do emprego e a qualidade da investigação científica desenvolvida, por professores, em instituições de ensino superior. O texto é muito interessante e merece ser lido. Contudo, o que mais me chamou a atenção foram as duas tabelas abaixo:

A primeira tabela mostra o número de prêmios Nobel por país e a segunda o número de títulos mundiais de futebol. Uma análise rápida me permite concluir que o Brasil é um país desequilibrado, especialmente se comparado a Alemanha, França, Inglaterra e Itália. É evidente que estamos fazendo algo errado (observem que eu não fujo da crítica :)))).

Acho pertinente descrever o contexto no qual eu vi tais tabelas, com a finalidade de tentar expressar minimamente meu sentimento no momento. Cheguei em casa por volta das 18:30, liguei o computador, abri o arquivo do meu projeto de tese, escrevi três linhas de texto, fechei o arquivo e fui acessar os sites de esportes para ler as preleções dos jogos do Paulistão da noite. Estava extremamente ansioso com a estréia do São Paulo e do Imperador Adriano. Assisti o jogo pela Internet utilizando o SopCast e fiquei feliz com o resultado. Voltei aos sites de esportes para ler os comentários sobre a vitória do melhor do mundo e até escrevi um comentário no Blog do Torcedor do São Paulo Futebol Clube.

Terminada minha excitação em torno do futebol fui ler meus e-mails. Na lista de discussão da Sociedade Brasileira de Computação estava rolando uma reflexão em torno da demissão de três professores de uma universidade privada. O professor Palazzo contribuiu simplesmente indicando um link para a crônica supracitada.

Observei que estas tabelas postadas lado a lado, refletem exatamente minha escolha pelo futebol em detrimento ao projeto da minha tese. De forma geral meu comportamento pontual reflete o Brasil como um todo; investimos mais em diversão do que em conhecimento. Exageros a parte, assumo minha contribuição :-).

Sou um brasileiro típico: gosto de futebol, critico o governo (mas não faço nada de concreto), queria surrar o Renan, Palocci, Jobim e Dirceu, vivo revoltado com a violência e com os impostos, penso duas vezes antes de ir para um aeroporto e estou com um medo danado de pegar febre amarela.

Portanto: Vai lá! Vai lá! Vai lá! Vamos de coração! Vamos São Paulo! Vamos São Paulo! Vamos ser campeão!

sábado, 12 de janeiro de 2008

Eagle and Shark

Um filme louco e genial. Os personagens principais são os mais retardados e inocentes que já tive a oportunidade de assistir (Lily e Jarrod). A interpretação da Loren Horsley (Lily) é excelente! A voz que ela faz é ridiculamente engraçada (se é que isso é possível). O Jemaine Clement (Jarrod) também atua muito bem e o figurino ajuda bastante na definição do seu personagem Loser (sim, o L tem que ser maiúsculo neste caso). Altamente recomendado! Você vai rir do início ao fim. Segue o trailer:



Escrito e dirigido por Taika Waititi, completamente sem noção.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Think Different

Achei uma versão atualizada do vídeo "Think Different" feito pela Apple. Não reconheci todos os notáveis que aparecem no vídeo (South Park, Marilyn Monroe, Leo Laporte, Michael Moore, Derren Brown, Stephen Hawking, Arianna Huffington), mas os últimos são o Steve Jobs e o Woz, por motivos óbvios. O texto continua o mesmo:

"Here's to the crazy ones. The misfits. The rebels. The trouble-makers. The round pegs in the square holes. The ones who see things differently. They're not fond of rules, and they have no respect for the status-quo. You can quote them, disagree with them, glorify, or vilify them. But the only thing you can't do is ignore them. Because they change things. They push the human race forward. And while some may see them as the crazy ones, we see genius. Because the people who are crazy enough to think they can change the world, are the ones who do." (Apple Computer)



O original é melhor, mas tá valendo...

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Problemas

Eles nascem para serem resolvidos. Providos de sorte são aqueles que podem escolher os seus, pois, em condições normais de pressão e temperatura, eles simplesmente aprecem em um ritmo caótico e nem pagam a cota da festinha.

Há quem ouse dizer que eles existem para nos fortalecer, parafraseando o Bernardinho: “Para nos tirar do estado de conforto.”. Eles podem gerar dor, ressentimentos, frustrações, raiva, ódio, prejuízo, estagnação e etc. Uma vez solucionados, ou melhor, o prazer de solucioná-los e as conseqüências da implementação desta solução podem gerar alívio, gratidão, motivação, alegria, felicidade, lucro, progresso e etc. É assustadora a bipolaridade e simplicidade das coisas. Quanto mais rápido você avança para um extremo, mais intensa será a sensação durante a volta.

Gostaria muito de ser um resolvedor de problemas nato. Daqueles que, aparentemente desprovidos de metodologia nenhuma, simplesmente resolvem. Adoraria portar tal dom! Estes iluminados olham, pensam e resolvem. Sem dissipar energia desnecessária; um exemplo de conduta. Eles estão fantasticamente sincronizados com o universo, olham e podem ver, pensam e conseguem compreender. Cientes de que não existem momentos ordinários, eles seguem suas vidas com harmonia e equilíbrio. Sempre guiados por seus pensamentos e ambições, prontos para saltar sobre cada obstáculo que lhes for apresentado.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

A melhor tirinha do Dilbert

Aproveitando a ausência de inspiração, que na realidade nunca apareceu neste blog, eis a melhor tirinha do Dilbert (na minha opinião, é claro!):

O despedido: Apesar de eu ter sido despedido por incompetência, eu sou profissional o bastante para te treinar antes de ir embora.
Dilbert: Eu já implementei uma aplicação Java que faz tudo que você faz.
O despedido: Tudo?
Dilbert: Com exceção das partes incompetentes.

Diz ai, você gostaria de ter um colega de trabalho igual ao Dilbert?

Disclaimer: fonte da imagem Dilbert.com.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Pensando no futuro da computação móvel

Existem várias visões a respeito do futuro da computação móvel. É consenso que os dispositivos móveis terão mais de uma interface de rede sem fio, os ambientes de redes serão heterogêneos e que o sistema será homogeneizado na camada de rede pelo emprego do protocolo IP, formando as chamadas All-IP Netwoks.

No estado da arte, as redes de telefonia celular são as mais restritas, pois o usuário compra um SIM card de uma operadora e só consegue acessar a rede da mesma. Com a evolução dos sistemas de biling, a escolha da rede poderá ser feita dinamicamente pelo usuário como, por exemplo, se você está conectado no serviço de dados da operadora A e a operadora B faz uma promoção relâmpago, você poderá mudar de rede automaticamente.

Adicionalmente, o uso de aplicações típicas da Internet está limitado ao uso de uma infra-estrutura de rede, o que, geralmente, gera frustração dos usuários móveis, pois envolve custo. Imaginemos que você e seu colega de trabalho estão sentados frente a frente em uma mesa na sala de reuniões da empresa (ver figura abaixo). Se você quiser enviar um e-mail para seu colega será necessário uma associação a WLAN da empresa (ou ao serviço de dados da rede de telefonia), enviar o e-mail para um servidor (que pode estar em qualquer lugar) e seu colega terá que fazer o mesmo para recuperar a mensagem.

O exemplo supracitado explicita um ambiente onde não é necessário o uso de uma infra-estrutura de rede. Basta você estabelecer uma rede adhoc com seu colega e enviar o e-mail (ver figura abaixo). Isso é possível atualmente, contudo é perdido o contexto do e-mail, em outros termos, não é possível enviar um e-mail por meio de uma conexão adhoc e lê-lo na sua aplicação preferida. Neste sentido, existem propostas para tornar possível o uso de aplicações típicas da Internet em situações onde não é necessário o uso de uma infra-estrutura de rede ou onde não existe uma. Um exemplo é o paradigma denominado Pocket Switched Networking (PSN).


The best way to predict the future is to invent it. (Alan Kay).

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Pesquisando sem Internet em pleno século XXI

Em um passado recente eu estava na casa da minha mãe, em Cuiabá-MT, conectado a Internet por meio de uma conexão discada de 52 Kbps e lendo o livro intitulado “IBM and the Holocaust” (E. Black). Motivado pelo livro resolvi pesquisar a respeito das origens dos Judeus. Em condições “normais” a Wikipedia seria a fonte ideal, contudo, a absurda velocidade da minha conexão discada me vez ir consultar as enciclopédias que minha mãe tem em casa.

Foi muito agradável sentimento de nostalgia que me ocorreu ao folhear estes livros que sempre estiveram dentro do meu quarto durante minha infância e adolescência. Na verdade, na adolescência eu tinha vontade de jogá-los fora e atear fogo, pois ocupavam muito espaço em um quarto pequeno. Hoje concordo com minha mãe em doá-los para uma biblioteca comunitária que fica em um bairro vizinho, apesar de que, hoje tem muito espaço na casa; eu e minha irmã não moramos mais lá.


Não me lembro onde li que cientistas afirmaram que as informações descritas nas enciclopédias tradicionais como, por exemplo, Barsa e Mirador, e na Wikipedia estão igualmente erradas. Então resolvi fazer minha comparação.

Concluo que a Barsa tem um resumo coeso e mais interessante que o disponibilizado na Wikipedia em português, por outro lado, o texto em inglês é mais completo que a Barsa. Já a enciclopédia Mirador tem um texto melhor e mais completo que o da Barsa e que o da Wikipedia nos dois idiomas. Portanto, não menospreze as enciclopédias tradicionais e não acredite no que a mídia diz que os cientistas disseram, existe uma imensa perda de informação entre a boca de um cientista e o ouvido de um repórter (o mesmo é válido para o texto do cientista e o cérebro do repórter). É claro que isso tudo só é válido se você estiver interessado em saber a respeito das origens dos Judeus, pois não comparei outros textos. E é fato que a Wikipedia faz uso da liberdade da Web para distribuir, criar e manter as informações, o que não é possível quando a mídia é um livro tradicional.

Para finalizar, meu centro de comando em Cuiabá-MT:



Sim, sim, sim... eu utilizo mais de um computador ao mesmo tempo.

domingo, 6 de janeiro de 2008

Researching

If we knew what we were doing, it wouldn't be called research, would it? (Einstein).

Perfeito! Estou aliviado...

Alguma pergunta fundamental?

Hoje resolvi rever uma discussão sobre o universo, os buracos negros, as leis da ciência e sobre Deus, realizada entre o professor Stephen W. Hawking, o escritor Arthur C. Clarke e o doutor Carl Sagan. A estrela da discussão foi o professor Hawking, que na época já utilizava um sintetizador de voz para se comunicar, e a conversa gira em torno de seu livro intitulado “A Brief History of Time”.

Eu já havia visto esta conversa várias vezes, contudo, dessa vez uma observação do Carl Sagan me fez refletir sobre as habilidades necessárias para se desenvolver uma tese. Neste contexto, o termo "tese" refere-se a um texto formal, que faz uso do rigor científico, pelo qual o(s) autor(es) apresenta(m) uma contribuição inédita para alguma área do conhecimento humano.

O Sagan afirma no prefácio do livro do Hawking que apenas as crianças fazem perguntas fundamentais, porque elas, simplesmente, não sabem por que não fazê-las. No vídeo ele complementa tal afirmação dizendo que o atual sistema de ensino desencoraja os estudantes a fazerem perguntas fundamentais. Ele cita dois exemplos de perguntas: i) Por que a lua é redonda? ii) Por que a grama é verde? Adicionalmente ele afirma que, geralmente, os adultos respondem essas perguntas interessantes com: O que você esperava? Que a lua fosse quadrada ou a grama azul?

Em suma, isso explica porque a grande maioria dos estudantes de pós-graduação tem sérias dificuldades para vislumbrar um tema de pesquisa que seja pertinente para o estado-da-arte. Eu me incluo neste grupo, pois estava tentando definir meu projeto de tese quando resolvi escrever este post. É muito difícil pensar em questões fundamentais, uma vez que fomos desestimulados desde muito cedo; explica mais não justifica. O que vai salvar minha carreira acadêmica (espero que meu orientador não leia isso) é a técnica que o professor Mario A. Nascimento apresentou em uma palestra no ICMC-USP. Ele disse que perguntou à uma famosa pesquisadora como ela conseguia criar tantas áreas de pesquisa e ela simplesmente respondeu: “Liste exaustivamente todos os pilares que sustentam uma determinada área, tire um e veja o que acontece”.

sábado, 5 de janeiro de 2008

A Web permite que pessoas talentosas virem estrelas

A Web oferece recursos para que pessoas, em lugares geográficos distintos, cooperem na construção, disseminação e absorção de conhecimento. É claro que tais recursos ainda são limitados, pois, atualmente, grande parte da interação ocorre por meio de texto e os seres humanos são “falantes”. Isso explica a crescente popularização de sites que permitem a disponibilização de vídeos. Dessa forma, é possível disponibilizar informações utilizando a composição de texto, áudio e vídeo, melhorando a experiências dos usuários Web (mashup).

Estes dias li uma reportagem do New York Times intitulada “At 71, Physics Professor Is a Web Star”. Isso ocorreu devido a iniciativa do MIT em disponibilizar seus cursos na Internet no contexto do projeto MIT OpenCourseWare. O curso do professor Walter H. G. Lewin é um dos mais acessados e eu fui conferir o porque. As aulas do professor são um show! Ele combina teoria, experimentação e humor, esbanjando uma didática incrível. Já até emprestei um livro de Física na biblioteca. Estudantes do mundo inteiro elogiam e agradecem o professor por mostrar como a Física é linda e permeia nosso dia-a-dia.